04/11/2011

Pós venda e prevenção, os segredos para um serviço de transportes sem sustos


ADAMO BAZANI – CBN

Dois ônibus Volvo de gerações diferentes, na Leblon Transportes de Passageiros, em Mauá, na Grande São Paulo. Manutenções preventivas são essenciais para garantir retorno econômico para as empresas, confiabilidade e segurança para os passageiros, funcionários e comunidade, minimizando as chances de quebra e riscos de acidentes e também com benefícios ao meio ambiente, descartando menos peças e regulando as emissões. Uma boa manutenção pode deixar um ônibus mais antigo tão bom quanto o novo. À esquerda um modelo Volvo B 10 M, com carroceria Busscar, antecessor do modelo à direita, um Volvo B 12 M, encarroçado pela Marcopolo. Foto: Adamo Bazani.
Ainda hoje não é raro o passageiro, na corrida rotina das cidades, estar com pressa, o trânsito complicado e o ônibus, mesmo novo, repentinamente quebrar atrapalhando a vida de quem depende de transporte público e de quem está no carro e enfrenta um congestionamento ainda maior por conta de o ônibus ficar parado no local.
Pelas condições de operação que muitas linhas apresentam, é impossível esperar que os ônibus nunca apresentem problemas e quebrem. Por isso, as companhias são obrigadas a ter equipes de socorro que resolvam os problemas na hora ou reboquem o ônibus.
No entanto, muitas destas quebras no meio da rua e transtornos aos passageiros podem ser evitados pela manutenção preventiva.
Muitas empresas estão cientes disso e começam a investir ainda mais nesta área.
Além dos investimentos na capacitação da própria equipe e aperfeiçoamento dos métodos de trabalho, o setor registra mais um avanço: o trabalho de pós venda das concessionárias e o maior relacionamento entre autorizadas e operadoras.
O BLOG PONTO DE ÔNIBUS falou com os dois lados, uma transportadora de passageiros e uma revendedora e autorizada: Leblon Transportes e Auto Sueco, concessionária da Volvo.
O diretor da Auto Sueco confirma este relacionamento maior entre empresas que atendem aos passageiros e as representantes das montadoras.
Mário Oliveira disse que o pós venda e a manutenção preventiva são a alma do negócio de qualquer companhia.
O Grupo Auto Sueco registrou aumento significativo nos serviços de pós venda: o crescimento em 2011 foi de 26% em relação a 2010, segundo a concessionária. Destaque para as vendas de peças que subiram 22% e para o de prestação de serviços, que teve alta de 46%, o que indica não apenas um número maior de ônibus e caminhões atendidos como também a preocupação do frotista em relação a manutenção correta dos veículos.
Tanto é que, segundo a Auto Sueco, metade da quantidade dos caminhões vendidos pela concessionária já contempla um plano de manutenção oferecido pela autorizada.
“O número vem crescendo gradativamente: em 2009 tínhamos 846 planos em atividade e este ano já são 1.859, sendo que 573 contratos foram feitos no terceiro trimestre de 2011″, explica Mário Oliveira.
Na outra ponta, a do operador, a manutenção preventiva é encarada também como a principal ação para evitar problemas de quebras no meio do caminho, oferecer qualidade no atendimento ao passageiro, segurança evitando inclusive acidentes e também de respeito do meio ambiente.
Motores regulados, filtros trocados e peças bem conservadas evitam a emissão excessiva de poluentes não só no ar, mas também no solo, exigindo menos substituições por problemas e impedindo vazamento de fluidos prejudiciais ao meio ambiente.
“A manutenção preventiva numa empresa de ônibus é a continuidade do trabalho do fabricante e do recomendado por ele. Mas as empresas devem ter iniciativas e as revisões variam de acordo com o tipo de operação, linhas e áreas atendidas” – explicou Waldemir Padilha, coordenador de manutenção da Leblon Transportes.
Ele conta que além de seguir o recomendado pelo fabricante, as empresas devem analisar sua condição de operação.
Waldemir explica que, basicamente há três classes que determinam de quanto em quanto tempo e em qual quilometragem devem ser feitas as manutenções:
- GRUPO 1: Condições boas
- GRUPO 2: Condições mais severas
- GRUPO 3: Condições extremas.
“O plano de manutenção preventiva leva esses fatores em consideração. E dependendo do lugar a ser atendido, é um plano diferente para o mesmo modelo” – conta.
Ele faz um comparativo entre os mesmo modelos que circulam na unidade da Leblon em Mauá e na unidade de Fazenda Rio Grande – Curitiba.
“A manutenção preventiva geral do Volkswagen 17-230 EOD de Mauá é feita a cada 6 mil quilômetros. No Paraná, a cada 7 mil quilômetros. Em Mauá há linhas com percurso muito íngreme e uma qualidade de viário problemática em alguns trechos. Em Curitiba a situação já é mais tranqüila. Já com o Volvo B 12 M ocorre exatamente o oposto: em Curitiba a manutenção deve ser feita em um prazo menor, isso porque os articulados B 12 M entre Curitiba e Fazenda Rio Grande fazem linhas de 40 quilômetros e em alguns trechos a velocidade pode chegar a 70 quilômetros por hora. Já em Mauá, as linhas de articulados Volvo B 12 M são retas, sem tantos desníveis e aclives, a velocidade é em torno de 40 km/h e as viagens são de 4 quilômetros de extensão cada. Assim, o B 12 M no Paraná, recebe manutenção preventiva completa a cada 5 mil quilômetros e em Mauá, a cada 7 mil quilômetros – conta.
Waldemir também explicou que a quilometragem e o tempo de revisão variam de acordo com cada modelo, dentro de suas condições operacionais.
No caso de Mauá, ele cita os exemplos.
- 9 – 150 : micro-ônibus Volkswagen, revisão a cada 4 mil quilômetros, pelo tipo do veículo e também pelas linhas que atende serem mais severas
- 15-190: midi ônibus (entre o micro e o convencional) Volkswagen: 5 mil quilômetros, também pelas linhas mais severas
- 17-230: ônibus convencional Volkswagen: 6 mil quilômetros pro conta do viários com problemas.
- B 12 M: ônibus articulado Volvo: 7 mil quilômetros. As linhas são melhores e o veículo é considerado mais forte, embora requer cuidados por boa parte dele ser eletrônica e computadorizada.
Waldemir alerta que o fato der a empresa escolher seus prazos de manutenção preventivas não anula os determinados pelos fabricantes, como trocas de óleo.
QUAIS AS PEÇAS?
Waldemir Padilha, coordenador de manutenção da Leblon de Mauá, explica que todos os elementos do ônibus são revisados no trabalho preventivo, mas ganha, destaque as seguintes ações:
- trocas de filtros de ar, óleo e combustível, que além de oferecerem mais confiabilidade quanto a evitar quebras e outros problemas, se forem feitas dentro do prazo correto evitam poluição a mais no ambiente.
- verificação dos cubos de roda, que interferem diretamente na segurança dos passageiros, motoristas e cobradores e de toda a comunidade atendida pela empresa.
- troca de óleo e fluidos e que evitam sobrecarga nas peças, riscos de quebras e falhas de operação e ajudam na melhoria dos níveis de emissão.
- verificação do compressor de ar.
Waldemir alerta também para a necessidade de a empresa de ônibus não só fazer a manutenção, mas ter um controle rígido de manutenção também, ser organizada.
“O aumento da vida útil de uma peça é garantia de menores custos para a empresa, alguns custos podem ser reduzidos em 100% pois há peças que se forem bem mantidas, vão durar vida toda do ônibus, de segurança para o passageiro, evitando os acidentes, e de ganhos ambientais: além de os veículos poluírem menos, com uma peça durando mais, logo haverá menos descarte de peças inservíveis no meio ambiente” – explica o especialista.
Os critérios de manutenção não são apenas por quilometragem rodada, mas por tempo também.
“Um filtro de óleo para direção hidráulica é trocado a cada 350 dias, se não houver problemas. Já a calibragem do pneu, também se não houver nada no meio do caminho, deve ser verificada com atenção a cada 20 dias” – conta
Nos dias de hoje, a sociedade tem pressa, tem consciência de que paga pelo serviço de transportes e tem direitos. Além do mais, nada pode substituir vidas humanas.
Portanto, a manutenção preventiva é feita sim para o veículo, mas deve ter foco nas pessoas. E muitas empresas adotam essa postura, mas nem todas ainda são assim.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

São José do Rio Preto recebe frota de ônibus nova


Ônibus novo em São José do Rio Preto. A cidade é um dos exemplos de como as licitações podem melhorar as condições de transportes da população. Os contratos nas licitações são mais exigentes e levam em conta cumprimentos mais rigorosos de horários, melhor gestão de tráfego, veículos novos e acessíveis e sistemas de monitoramento e informação, com uso de tecnologias como GPS. Essas exigências maiores são vistas com relutância por parte de algumas empresas que, sob permissões precárias, prestam um serviço não satisfatório e sem serem cobradas. Por outro lado, empresas sérias e modernas participam de licitações, com contrato de concessão, para o aperfeiçoamento de seus serviços, expansão dos seus negócios e também pela maior segurança econômica e jurídica que a licitação oferece.
Ônibus novo em São José do Rio Preto. A cidade é um dos exemplos de como as licitações podem melhorar as condições de transportes da população. Os contratos nas licitações são mais exigentes e levam em conta cumprimentos mais rigorosos de horários, melhor gestão de tráfego, veículos novos e acessíveis e sistemas de monitoramento e informação, com uso de tecnologias como GPS. Essas exigências maiores são vistas com relutância por parte de algumas empresas que, sob permissões precárias, prestam um serviço não satisfatório e sem serem cobradas. Por outro lado, empresas sérias e modernas participam de licitações, com contrato de concessão, para o aperfeiçoamento de seus serviços, expansão dos seus negócios e também pela maior segurança econômica e jurídica que a licitação oferece.
Começou a prestar serviços nesta quarta-feira, dia 02 de novembro de 2011, parte da frota nova paras atender aos 70 mil passageiros do sistema municipal de São José do Rio Preto.
Os ônibus são das duas empresas que venceram a mais recente licitação dos transportes da cidade: Circular Santa Luzia e Expresso Itamarati.
Serão ao todo 183 ônibus, na primeira fase da renovação de frota imposta pelo certame.
O município conta com 240 veículos. Os 57 ônibus mais antigos ainda possuem boas condições de uso e serão substituídos aos poucos, de acordo com a Prefeitura de São José do Rio Preto.
A Circular Santa Luzia comprou 106 ônibus novos e a Expresso Itamarati 77 veículos zero quilômetro.
Por serem ônibus novos, eles já saem de fábrica atendendo às novas legislações sobre acessibilidade e segurança: os motores são eletrônicos, portanto menos barulhentos e poluentes, os veículos possuem elevadores e espaços para cadeira de rodas e cão guia acompanhante de portador de deficiência visual, que também conta com balaústres (pega – mão) de relevo especial para indicar a quem não consegue enxergar, que a porta de desembarque está próxima e que ele deve tomar mais cuidado. Além disso, há sinais sonoros diferentes que os acionados por passageiros sem deficiência. Isso indica para o motorista que uma pessoa que precisa de mais cuidado vai desembarcar na próxima parada.
Os ônibus também são monitorados por GPS, o que dá mais segurança ao sistema e permite melhor fiscalização e intervenções dos gestores de tráfego em tempo real, além de informações mais precisas à população.
Por um dispositivo dentro de ônibus, aproveitando a plataforma do GPS, o motorista, usando códigos, pode comunicar às centrais de monitoramento ocorrências como roubo, quebras e até assédios contra passageiros, permitindo que as ações para corrigir estes problemas sejam mais rápidas.
Além disso, outros equipamentos de segurança farão parte dos ônibus, como câmeras que gravam toda a movimentação dentro dos veículos e também vão ajudar no combate à criminalidade e fiscalização sobre o trabalho dos motoristas e evasões de recursos, como não pagamento de passagem, um dos grandes problemas enfrentados pelo setor de transporte urbano de passageiros atualmente e que inviabiliza investimentos.
As duas empresas seguem um padrão de desenho na pintura, mas podem ser diferenciadas pela cor.
Os ônibus da Circular Santa Luzia são nas cores amarela, vermelha e azul. Já da Expresso Itamarati têm predominância da cor prata.
Ambas empresas ostentam o brasão e o logotipo da Prefeitura de São José do Rio Preto.
As duas companhias vão operar os transportes por dez anos. São 55 linhas no total, mas o número pode ser ampliado gradativamente.
Em setembro, a tarifa foi reduzida de R$ 2,30 para R$ 2,10.
Estes benefícios em São José do Rio Preto são exemplos de como é importante que os serviços de transportes coletivos sejam licitados, com a elaboração de contratos de concessão, e não mais de permissão precária.
Com estes contratos, é possível exigir mais qualidade e profissionalismo por parte das empresas de ônibus e, em contrapartida, as empresas sérias têm mais tempo e segurança jurídica e financeira para investirem e terem retorno de seus investimentos.
Em várias cidades, muitas que sofriam com monopólios mal operados, os transportes começaram a melhorar depois de processos licitatórios.
Em boa parte destes casos, houve resistência por parte dos antigos operadores de ônibus.
Alguns foram retirados dos sistemas, outros tiveram de dividir espaço com novos empreendedores, havendo concorrência e possibilidade de comparação pelos usuários e mesmo os que permaneceram sozinhos foram obrigados a melhorar os serviços e seguir contratos mais rígidos.
O que é comum de ocorrer em várias cidades, tanto as financeiramente mais preparadas como as de arrecadação menor, são certames cercados de polêmica, demoras e jogos de força.
È natural e legítimo que empresas que se sentem prejudicadas nos certames usem de instrumentos administrativos e jurídicos para reivindicarem o que acham de ser seus direitos.
Mas muitas viações acabam usando apenas os recursos como estratégias para ganharem tempo ou acharem brechas e atrasando o processo de melhorias necessárias há muito tempo em várias regiões.
Num outro extremo, há empresas que usam brechas, argumentos, planilhas, força econômica e não raros os casos de ameaças para evitar a realização de certames e licitações.
Muitas querem a manutenção do atual estado, que nem sempre é o melhor para a população, mas pela falta de contratos de concessão, tais empresas acabam não sendo tão exigidas.
Isso ocorre em regiões de baixa arrecadação e até nas áreas mais ricas.
Por isso, ainda é comum., por exemplo, linhas desatualizadas, regiões de alta demanda sendo mal servidas enquanto a oferta é maior em áreas que já foram de demanda, mas hoje tiveram transferência de atividades econômicas, ônibus velhos, que quebram constantemente e em pleno século XXI, sendo impossíveis de serem usados por pessoas que portam algum tipo de deficiência.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

Fonte: http://onibusbrasil.com/blog/2011/11/03/sao-jose-do-rio-preto-recebe-frota-de-onibus-nova/

Fotos 04/11/2011

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